A pedido do futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo do presidente Jair Bolsonaro não vai mais prorrogar a isenção de PIS e Cofins sobre combustíveis.
A equipe de Paulo Guedes propôs ao novo governo prorrogar a medida, que terminaria no fim do ano, por 30 dias.
Uma medida provisória prorrogando a isenção já havia sido preparada pelo Ministério da Economia e enviada para Casa Civil para ser editada nesta semana.
Depois que a informação foi divulgada, e com a reação negativa do mercado, Haddad disse a interlocutores que discutiu a medida com Paulo Guedes e que ainda iria aguardar uma posição final do presidente eleito, Lula.
Haddad comentou com assessores que recomendou a Lula descartar medida porque isenção de tributos pode ser adotada a qualquer momento. E que o novo governo pode decidir isentar outros produtos ou só o diesel e gás de cozinha, deixando a gasolina, por exemplo, de fora.
Nesta terça (27) à tarde, Haddad entrou em contato com o governo e pediu que a medida provisória não fosse mais editada.
Proposta
No governo Bolsonaro, o relato é que o Ministério da Economia fez a proposta de prorrogar por 90 dias, mas Haddad foi contra.
Depois, a proposta caiu para uma prorrogação de 30 dias. Segundo assessores de Paulo Guedes, Haddad ficou de consultar Lula. Em seguida, o Ministério da Economia informou que iria baixar a medida até o final do ano.
Assessores de Paulo Guedes disseram que a intenção era evitar que Lula assumisse com os combustíveis subindo de preço.
Na equipe de Lula, a avaliação é que Bolsonaro queria prorrogar para fazer mais um aceno a seus apoiadores.
FONTE/CRÉDITOS: G1