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Educação superior – formados e perdidos

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Educação superior – formados e perdidos
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Está na hora de repensar uma série de cursos oferecidos pelas faculdades e autorizados pelo MEC. Estamos formando uma geração de jovens que logo após a festa da formatura ficam perdidos, sem saber o que fazer com o diploma na mão.

Isso demonstra a falta de cuidado e preparação do curso superior para com os estudantes, inicia já na escolha dos cursos e a pouca orientação que os jovens têm para escolher um curso que lhe dê uma certa luz no mercado de trabalho.

São poucas as que fazem uma análise do mercado de trabalho para justificar um curso que é oferecido aos estudantes, ficando eles lá por quatro ou cinco anos, estudando um conteúdo que pouco vai contribuir para sua vida profissional.

São cursos que ao seu término os formados já percebem que erraram na escolha para a formação profissional, que por conta de facilidades oferecidas e valores baixos, no ensino a distância ou presencial, acabam fazendo uma faculdade sem sentido para suas vidas. Aí se formam e depois: o que fazer? Já partem para outro curso, e lá se vão mais quatro anos de tempo perdido, e o pior que já emendam um pós graduação também sem o mínimo de análise para a escolha do tema.

Até que enfim, na semana passada, o MEC acordou para o problema e prometeu rever esta avalanche de cursos oferecidos sem uma base de sustentação e garantia no mercado de trabalho. A exemplo disso, existem cursos que, há muito tempo, precisam sair de cena ou parar por algum tempo, devido ao excesso de profissionais formados e ociosos. Um exemplo é o curso de Direito, tem muito advogado para pouca causa. Já no curso de Administração, fragmentaram em vários segmentos, usando o termo Administração com ênfases em... Que leva do nada para lugar nenhum.

O resultado é isso aí que estamos vendo, profissionais recém-formados perdidos se perguntando “e agora, o que faço?”. Não sabem que rumo seguir.

Em se tratando de Brasil, mesmo com o sinal vermelho no MEC, pouco vai ser feito, pois diante de um regime arrecadador, pouco importa o resultado final, o que importa é o faturamento e a arrecadação de impostos. É lamentável que um jovem passe quatro anos pagando uma faculdade para ter, no seu final, um diploma que pouco ou nada vai contribuir para a sua vida.

Até a próxima!

Jaime Folle

Formado em empreendedorismo, escritor de vários livros e um dos mais renomados palestrantes do Sul do Brasil. Atuante na área desde 2005.

FONTE/CRÉDITOS: Oeste Mais
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