O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) informou na madrugada desta segunda-feira, dia 29, que com 80% dos votos apurados, Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições presidenciais realizadas neste domingo, dia 28.
Segundo o CNE, liderado por um aliado do presidente venezuelano, Maduro teve 51,2% dos votos, e o principal candidato da oposição, Edmundo González, 44%. A última atualização foi na madrugada de segunda, quando o site do CNE saiu do ar – como os dados finais ainda não foram divulgados, esses números devem mudar.
A reeleição de Maduro foi celebrada por países aliados como Cuba, Bolívia e Colômbia. Por outro lado, representantes dos Estados Unidos, da União Europeia e de outros países latino-americanos cobraram lisura no processo eleitoral. O governo do Brasil ainda não se manifestou formalmente sobre o resultado.
A vitória de Maduro acontece em meio a um cenário de críticas à condução da Venezuela, com países e organizações questionando o cumprimento dos processos democráticos. O Brasil, por exemplo, vai pedir mais dados sobre as atas de votação antes de decidir o posicionamento do governo com relação às eleições.
O assessor especial da Presidência da República para Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, vai se reunir com observadores internacionais e outras autoridades para tentar levantar os dados que comprovariam, ou não, a legitimidade do resultado das eleições.
A oposição se manifestou logo em seguida ao resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, afirmando que houve fraude e acusando o CNE de não ter divulgado todas as atas das urnas eletrônicas utilizadas no país.
Se confirmado, Maduro foi reconduzido para um novo mandato de seis anos — de janeiro de 2025 a janeiro de 2031. Houve comemoração na sede da campanha dele, em Caracas, após o anúncio do resultado. "Eu sou Nicolás Maduro Moros, o presidente reeleito da República Bolivariana da Venezuela. Irei defender a nossa democracia, a nossa lei e o nosso povo", declarou.
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